terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pai Natale

 aqui te conto

O conto que agora te conto foi-me contado por um contador de histórias verdadeiras. Sem ficção, sem lenda, sem imaginário. Este contador era apenas um viajante que percorria o mundo inteiro à procura de países longínquos e nações misteriosas.

Num desses países situado no outro lado do mundo chamado Natale, o nosso viajante contou-me que de facto existia lá um Pai Natale e que também este voava.

Montado numa águia real, uma vez por ano visitava todas as crianças no dia trinta de Fevereiro.

No país de Natale as casas eram feitas em cima de árvores o que facilitava imenso a aterragem da águia real nessa longa noite mágica de Fevereiro.

Chegado, o Pai Natale abria os braços e distribuía abraços d'amizade a todas as crianças dessa casa, abraços amigos, quentes e ternurentos o que as deixava imensamente felizes.

Já de si as crianças eram felizes pelo pouco que tinham, pela simplicidade em que viviam, numa inocência cheia de côr e sorrisos espontâneos.

Os pais acreditavam que toda essa felicidade provinha daquele abraço contagiante e amigo do Pai Natale e que as mantinha quentes e saudáveis e quase sempre satisfeitas.

Quando um dia o Pai Natale deixou de poder visitar as crianças devido à sua avançada idade, incrivelmente e sem ninguém saber como nessa noite mágica as crianças sentiram que o Pai Natale não chegava e espontâneamente deram as mãos em todo o país Natale num abraço gigante ao seu querido Pai Natale. Agora era a vez delas de manterem o Pai Natale quente e feliz.

Este nosso amigo Pai Natale deixou de poder dar e acabou por receber aquilo deu durante toda a sua vida:
- amizade, ternura, carinho, cumplicidade e tudo traduzido apenas e só num abraço d'amizade.

Se não nos dermos um pouco de nós aos outros, muito pouco de nós acabará por valer alguma coisa pois a verdadeira amizade supõe um pacto de felicidade, uma capacidade de dar sem esperar resposta.

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